O que já há
algum tempo funcionava de forma capenga, recebeu a última pá de cal. Trata-se
do serviço de Farmácias Populares do Brasil, programa do Governo Federal
mantido com ajuda dos Estados. No Rio Grande do Norte, a empresa JMT, que
administrava o serviço de mão-de-obra das farmácias, decretou na semana passada
o fechamento das oito unidades de Natal e outras duas de Mossoró, por não ter
garantias de receber daqui por diante. Afora duas dívidas, uma de 2010, e outra
referente aos meses de agosto, setembro e outubro de 2012, ambas totalizando R$
660 mil. O recurso vem do Governo Federal, mas não tem sido repassado pelo
Estado.
De acordo com
Jonas Alves (proprietário da JMT), “não houve manifestação da parte da Sesap de
se prorrogar a vigência do serviço, nem muito menos a apresentação de garantias
de pagamento caso as Farmácias Populares do Brasil continuassem”. A preocupação
do empresário, agora, é realocar os 70 funcionários dispensados entre os demais
serviços prestados pela JMT. “Neste momento, a meta é essa, mas não posso
garantir que haja 70 vagas esperando essas pessoas. O que não me permite falar
nem em dispensa deles, nem em realocação, por enquanto”, acrescenta de Jonas.
Mais
contratos
A mesma
empresa que operava as Farmácias Populares no RN mantém igualmente contratos de
prestação de serviços firmados com o Governo para o Serviço de Atendimento
Médico de Urgência (Samu), na Região Metropolitana de Natal. Há ainda um
terceiro contrato, que é para o serviço de higienização dos hospitais regionais
no interior. Todos em débito por parte do Governo.
A JMT falta
receber do Estado R$ 660 mil, referente aos meses de serviço do pessoal do Samu
de outubro a dezembro de 2010. Já as
dívidas de dezembro de 2011 até os dias atuais, somam mais R$ 4,5 milhões.
Sobre este último saldo devedor, Jonas Alves disse que o Governo se comprometeu
em pagar nos próximos dias, sem data fixa. Embora houvesse o comprometimento
judicial de se pagar, mensalmente, a cada dia 30, o que vem sendo descumprido.
A dívida menor, a de 2010, não tem previsão nem margem no orçamento para ser
liquidada. Com relação a higienização dos hospitais a dívida total é de R$ 3,8
milhões, incluindo despesas também
relativas a 2010 e atuais.
O Conceituando
Nenhum comentário:
Postar um comentário