sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Empresa fica sem pagamento e fecha Farmácias Populares


O que já há algum tempo funcionava de forma capenga, recebeu a última pá de cal. Trata-se do serviço de Farmácias Populares do Brasil, programa do Governo Federal mantido com ajuda dos Estados. No Rio Grande do Norte, a empresa JMT, que administrava o serviço de mão-de-obra das farmácias, decretou na semana passada o fechamento das oito unidades de Natal e outras duas de Mossoró, por não ter garantias de receber daqui por diante. Afora duas dívidas, uma de 2010, e outra referente aos meses de agosto, setembro e outubro de 2012, ambas totalizando R$ 660 mil. O recurso vem do Governo Federal, mas não tem sido repassado pelo Estado.

De acordo com Jonas Alves (proprietário da JMT), “não houve manifestação da parte da Sesap de se prorrogar a vigência do serviço, nem muito menos a apresentação de garantias de pagamento caso as Farmácias Populares do Brasil continuassem”. A preocupação do empresário, agora, é realocar os 70 funcionários dispensados entre os demais serviços prestados pela JMT. “Neste momento, a meta é essa, mas não posso garantir que haja 70 vagas esperando essas pessoas. O que não me permite falar nem em dispensa deles, nem em realocação, por enquanto”, acrescenta de Jonas.

Mais contratos

A mesma empresa que operava as Farmácias Populares no RN mantém igualmente contratos de prestação de serviços firmados com o Governo para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), na Região Metropolitana de Natal. Há ainda um terceiro contrato, que é para o serviço de higienização dos hospitais regionais no interior. Todos em débito por parte do Governo.

A JMT falta receber do Estado R$ 660 mil, referente aos meses de serviço do pessoal do Samu de outubro a dezembro de 2010.  Já as dívidas de dezembro de 2011 até os dias atuais, somam mais R$ 4,5 milhões. Sobre este último saldo devedor, Jonas Alves disse que o Governo se comprometeu em pagar nos próximos dias, sem data fixa. Embora houvesse o comprometimento judicial de se pagar, mensalmente, a cada dia 30, o que vem sendo descumprido. A dívida menor, a de 2010, não tem previsão nem margem no orçamento para ser liquidada. Com relação a higienização dos hospitais a dívida total é de R$ 3,8 milhões, incluindo despesas também  relativas a 2010 e atuais.

O Conceituando

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