sexta-feira, 3 de maio de 2013

Poema Sertanejo


TRAGO NO SUOR DA PELE,
NESSE MEU CHEIRO DE SERTÃO.
O GOSTO PELO TRABALHO,
O CALO VIVO NA MÃO.
CANTO O CANTO DA MINHA GENTE,
NAS CORDAS DE UM VIOLÃO.

SOU PARTE DESSA GENTE,
QUE CONSTRÓI ESSA NAÇÃO.
CUIDANDO E ALIMENTANDO A TERRA,
DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO.
ORANDO E ESPERANDO,
O BROTAR DE CADA GRÃO.
TRABALHO DE SOL A SOL,
SOU A PRÓPRIA PLANTAÇÃO.

SOU ESTRELA NESSA BANDEIRA,
O ALIMENTO NO CAMINHÃO.
FOLHO DE UM GRANDE PAÍS,
GIGANTE NA TELEVISÃO.
EU NÃO TENHO PROPAGANDA,
PASSAPORTE NEM AVIÃO.
SOU O VERDE DAS HORTALIÇAS,
FAUNA E FLORA EM EXTINÇÃO.

EU CUIDO E VIVO DA TERRA,
PLANTANDO ARROZ E FEIJÃO.
MEU NOME É INSIGNIFICANTE,
ATÉ CHEGAR A ELEIÇÃO.
QUANDO BATEM A MINHA PORTA,
COM PROPOSTAS DE INCLUSÃO.

MÁRCIA ALVES DE NAZARÉ

HOMENAGEM AO DIA DO SERTANEJO
 

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