A pretexto de modernizar suas práticas, o Senado discute a reformulação do regimento interno. Tenta-se aproveitar uma proposta que circula desde 2009. Nomeado relator, o senador Lobão Filho, suplente do pai Edison Lobão, promoveu ajustes no texto.
Por exempo: Lobinho passou a borracha numa novidade que seria inserida no juramento que os senadores são obrigados a fazer quando tomam posse. Pelo texto original, os doutores assumiriam o compromisso de se portar com ética. Na nova versão, a ética sumiu. Por quê?
Vale a pena ouvir o relator Lobinho: “Isso daria margem a interpretações perigosas. O que é ética para você pode não ser para mim. E aí incluir isso iria gerar problema de conflitos ali. A ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata.”
De fato, a ética é coisa perigosa. No momento, são dois os principais perigos: 1) a platéia é incapaz de reconhecer a ética dos políticos. E estes são incapazes de demonstrá-la.
Josias de Souza
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