A Secretaria da Saúde Pública
do Rio Grande do Norte (SESAP), por meio de nota enviada nesta
terça-feira, deu detalhes sobre as negociações feitas com Sinmed-RN
(Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte) no último dia 19 de
agosto. Segundo a secretaria, a categoria pediu salários de mais de R$
50 mil para os chamados médicos de último nível com jornada de trabalho
de 40 horas semanais. Um no início de carreira receberia cerca de R$ 30
mil.
De acordo com a SESAP, essa proposta é
baseada no Piso Fenam (Federação Nacional dos Médicos), que já foi
implantado no Piauí – único estado a aderir até o momento. A secretaria
alega, contudo, que naquele estado só há quatro médicos que trabalhar
40h por semana.
No RN, são mais de 1.600 médicos com
essa carga horária, o que faria com que a folha de pagamento dos
profissionais da Saúde se elevasse muito. Segundo a secretaria,
“se metade desses médicos (1.600) receber pelo teto, em 2016 só a folha
dos médicos de 40h poderia passar de R$ 56 milhões. Hoje toda a folha da
Saúde custa R$ 51 milhões”.
Na nota, a SESAP também afirma que a
folha de pagamento da Saúde, nos últimos dois anos, aumentou R$ 9,8
milhões, pois, na média, os médicos do estado passaram a ganhar 27,82% a
mais. No período o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi
de 16,23%.
A secretaria informou ainda que seguirá
dialogando com a categoria, mas pede o fim da greve. Por fim, denuncia
que alguns médicos estão combinando, por meio de grupos no Whatsapp, de
fazer manobras para que os corredores do Hospital Walfredo Gurgel fiquem
lotados novamente – há três semanas o número de pacientes nessa
situação diminuiu de 160 para no máximo 20, segundo a Sesap.
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