quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Resistência em Apodi

Tudo indica que as mulheres camponesas de Apodi pretendem mesmo resistir à investida do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) de criar o perímetro irrigado da chapada e desalojar as famílias que vivem da agricultura no local. A desapropriação dessas terras parece coisa fora da lógica.

É tanto que através do Centro da Mulher 8 de Março, elas liberaram o Estatuto das Mulheres de Apodi. “Art.1º: Fica decretado que o Governo Federal, o Dnocs e a sociedade reconhecerá a Chapada do Apodi TERRITÓRIO DA AGRICULTURA FAMILIAR CAMPONESA. Art. 2º: Fica decretado que de hoje em diante nenhuma mulher sairá de suas terras por imposição do agronegócio e do capital e das transnacionais. E que a agroecologia, a soberania alimentar e a convivência com o semiárido continuarão sendo a realidade da Chapada do Apodi. Art. 3º: Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar a natureza: a terra, a água, o ar, as florestas, as pessoas e nem o sol das manhãs. “O dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de tentar e a festa do dia que chegou”. Art. 4º: Fica decretado que as mulheres, os homens, a terra e a água estão livres do agronegócio, do agrotóxico, do capital e da imposição do Estado”. E por aí vão...

Deu na coluna do Gilberto de Sousa no Jornal Gazeta do Oeste

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