A seca do ano de 2012 castigou e ainda castiga os moradores do Rio Grande do Norte. A falta de chuvas gerou uma série de dificuldades para os potiguares, como a inviabilidade de plantações para os agricultores ou até mesmo colapso no abastecimento de água em alguns municípios do Estado.
Segundo o meteorologista José Espínola, professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), 2012 foi um ano extremamente seco e trouxe uma das piores secas dos últimos cem anos.
"Na maioria das localidades choveu menos de 200 milímetros no ano, o que caracteriza uma seca extrema. Mossoró, por exemplo, tem uma média anual de chuvas de 688 milímetros. No entanto, neste ano, choveu somente 198,9 milímetros na Estação Meteorológica que fica na Ufersa. Isso significa um período muito seco", explica o meteorologista.
As chuvas em Mossoró foram distribuídas da seguinte forma: janeiro – 29mm; fevereiro – 67,8mm; março – 28,2mm; abril – 33mm; junho – 26,9mm; e julho – 14mm. A Estação Meteorológica da Ufersa não registrou chuvas nos meses de maio, setembro, outubro, novembro e dezembro.
"Pode ter havido pancadas de chuva em alguns lugares da cidade, mas na Estação não houve chuvas nesses meses", comenta José Espínola.
Segundo o professor, antigamente o pessoal conseguia determinar como seria o período chuvoso do ano seguinte através de comparativos com anos anteriores. No entanto, isso não é possível atualmente. "O clima da Terra mudou muito e seria muito arriscado fazer essas comparações hoje em dia", esclarece o docente.
O Mossoroense
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