Mais de 3 mil mulheres nas ruas de Apodi |
Para a militante Conceição Dantas, da Marcha Mundial das Mulheres, é
preciso barrar esse projeto e impedir que ele seja colocado em prática. “Apodi
é um território onde existem várias experiências de convivência com o
semiárido. É um local onde a agricultura familiar está dando muito
certo, cultivando de maneira limpa e preservando o meio ambiente. Esse
projeto vem destruir tudo o que foi construído e conquistado pelas
mulheres de famílias agricultoras de Apodi”, comenta.
Inicialmente, 60 famílias serão atingidas e desapropriadas de suas
terras, mas esse número pode chegar a 800 famílias que moram nas 30
localidades rurais da região quando o projeto estiver em fase
conclusiva. “O projeto está sendo arbitrário, ninguém chegou para
essas famílias, que vivem da agricultura, e perguntaram se elas
aceitavam entregar as suas terras”, explica a militante Camila Paula.
Na tentativa de amenizar a perda, o Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas (DNOCS), órgão executor do projeto, está realizando um
reordenamento agrário das terras em troca de indenização. Para cada 100
hectares estão sendo pagos R$ 1 mil, um valor considerado ínfimo diante
das perdas das famílias. “São pessoas que vivem da agricultura e não
têm para onde ir ou outra ocupação. A cidade não tem condições de
empregar todo mundo. Como essas famílias vão ficar? Tem família que vai
receber R$ 7 mil, o que é isso diante do que elas vão perder?”, indaga Camila Paula.
Copiado do Apodiário
O Conceituando
A maneira com que o movimento foi realizado e a repercussão positiva mostram a competência e o engajamento que essas representantes tiveram. Estão de parabéns todos os organizadores, inclusive por protestar de maneira sensata e objetiva, mostrando que não é preciso recorrer à meios ilícitos e vergonhosos para se fazer um movimento como este. O blog sempre estará de acordo com movimentos limpos como este, novamente meus parabéns.
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