sábado, 22 de junho de 2013

A volta da Asa Branca

Já faz três noites 
Que pro norte relampeia 
A asa branca 
Ouvindo o ronco do trovão 
Já bateu asas 
E voltou pro meu sertão 
Ai, ai eu vou me embora 
Vou cuidar da prantação

A seca fez eu desertar da minha terra 
Mas felizmente Deus agora se alembrou 
De mandar chuva 
Pr'esse sertão sofredor 
Sertão das muié séria 
Dos homes trabaiador

Rios correndo 
As cachoeira tão zoando 
Terra moiada 
Mato verde, que riqueza 
E a asa branca 
Tarde canta, que beleza 
Ai, ai, o povo alegre 
Mais alegre a natureza

Sentindo a chuva 
Eu me arrescordo de Rosinha 
A linda flor 
Do meu sertão pernambucano 
E se a safra 
Não atrapaiá meus pranos 
Que que há, o seu vigário 
Vou casar no fim do ano.


Luiz Gonzaga

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