sexta-feira, 5 de julho de 2013

Farra de passagens ou utilização exacerbada de aviões oficiais não são novidades no meio político

Acaba de "explodir" na mídia a imensa quantidade de pessoas públicas que utilizaram de aviões oficiais para assistir jogos da Copa ou ir a eventos de amigos. As recentes notícias de que o Ministro Joaquim Barbosa também utilizou de um avião da FAB para assistir a um jogo VEJA AQUI, assim como o Ministro Garibaldi Alves VEJA AQUI, trouxeram o tema aos principais meios de comunicação do país. Agora engana-se quem acha que isso é uma novidade no meio político. Vou dar-lhes alguns exemplos bem próximos a nós.

A nossa ilustríssima governadora, quando ainda ocupava o cargo de senadora, conseguiu a façanha de realizar 240 viagens em 300 dias, recorde absoluto na casa, detalhe, 124 dessas passagens foram emitidas em nome de familiares de Rosalba. Já eleita governadora, a Rosa, conseguiu outro fato marcante para a sua carreira política, pousou nada mais nada menos, do que 56 vezes em Mossoró, somente no último mês de campanha eleitoral do ano passado.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, viajou em um avião oficial da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga em Trancoso, na Bahia. Ele usou a aeronave modelo C-99 para ir de Maceió (AL) a Porto Seguro (BA) às 15h do dia 15 de junho, um sábado, e depois para voltar para Brasília no domingo, às 3h da manhã. Calheiros afirmou que foi convidado à cerimônia como "chefe de poder" e, portanto, não vai ressarcir os cofres públicos.

O deputado Fábio Faria bancou com a cota de passagem da Câmara a viagem da sua namorada da época, a apresentadora Adriane Galisteu, e de cerca de dez amigos famosos para irem ao carnaval fora de época em Natal, onde ele era dono de um camarote. Denúncias de 2009 mostraram que o deputado tinha outras sete viagens emitidas para a ex e a mãe dela, Emma Galisteu, entre 2007 e 2008. Faria devolveu mais de R$ 21 mil à Câmara após o escândalo que ficou conhecido como "farra das passagens" e chegou a ser investigado, mas o caso foi arquivado pelo então presidente da Casa, Michel Temer.

Como eu disse no início, não é novidade alguma esse proveito por parte de políticos para suas viagens, mas sempre existe a esperança de que essa explosão midiática possa pelo menos diminuir um pouco essa palhaçada feita com dinheiro público. Cá pra nós, os caras já recebem muito, trabalham pouco e até para seu lazer querem tirar proveito do bem público, só existe um besta nessa história: o povo.

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