Os efeitos da crise econômica federal atingem fortemente as contas do
governo local. A governadora Rosalba Ciarlini reuniu segunda (22) os
secretários para dizer que não há dinheiro suficiente para bancar a
máquina estatal. Anunciou cortes e suspendeu novos investimentos.
Rosalba afirmou que as principais receitas do Estado - o ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e FPE (Fundo de Participação
dos Estados) - não se consolidaram de acordo com as estimativas do
início do ano.
Fala-se que o governo está juntando dinheiro de onde pode e de onde
possui - até de cofrinho - para completar R$ 89 milhões dos R$ 391
milhões da folha dos servidores estaduais. Há sério risco de a
governadora atrasar o pagamento do funcionalismo público. Projeta-se um
rombo de mais de R$ 400 milhões nas folhas subsequentes.
Já é dado como certo o atraso de fornecedores de bens e serviços ao
governo estadual, notícia ruim para diversos setores da economia.
Alguns secretários do governo tentaram argumentar contra os cortes,
mas a governadora não deu margem para qualquer contestação. O corte de
20% nos custos vai atingir todas as pastas, com exceção, claro, da
educação, saúde e segurança pública, consideradas intocáveis.
As medidas de austeridade adotadas pelo governo deverão complicar
mais ainda o desempenho político da governadora Rosalba Ciarlini, que
amarga índices baixíssimos de popularidade.
Sem capacidade de gastos e sob o risco de atrasar a folha de
pagamento dos servidores, Rosalba deverá enfrentar problemas dentro e
fora do governo, reduzindo suas chances no campo eleitoral.
Sem o motor do governo, a economia do Rio Grande do Norte volta a viver dias de incerteza.
Blog do Diógenes
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