quarta-feira, 24 de julho de 2013

Economia do Rio Grande do Norte volta a viver dias de incerteza

Os efeitos da crise econômica federal atingem fortemente as contas do governo local. A governadora Rosalba Ciarlini reuniu segunda (22) os secretários para dizer que não há dinheiro suficiente para bancar a máquina estatal. Anunciou cortes e suspendeu novos investimentos.

Rosalba afirmou que as principais receitas do Estado - o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e FPE (Fundo de Participação dos Estados) - não se consolidaram de acordo com as estimativas do início do ano.

Fala-se que o governo está juntando dinheiro de onde pode e de onde possui - até de cofrinho - para completar R$ 89 milhões dos R$ 391 milhões da folha dos servidores estaduais. Há sério risco de a governadora atrasar o pagamento do funcionalismo público. Projeta-se um rombo de mais de R$ 400 milhões nas folhas subsequentes.

Já é dado como certo o atraso de fornecedores de bens e serviços ao governo estadual, notícia ruim para diversos setores da economia.

Alguns secretários do governo tentaram argumentar contra os cortes, mas a governadora não deu margem para qualquer contestação. O corte de 20% nos custos vai atingir todas as pastas, com exceção, claro, da educação, saúde e segurança pública, consideradas intocáveis.

As medidas de austeridade adotadas pelo governo deverão complicar mais ainda o desempenho político da governadora Rosalba Ciarlini, que amarga índices baixíssimos de popularidade.

Sem capacidade de gastos e sob o risco de atrasar a folha de pagamento dos servidores, Rosalba deverá enfrentar problemas dentro e fora do governo, reduzindo suas chances no campo eleitoral.

Sem o motor do governo, a economia do Rio Grande do Norte volta a viver dias de incerteza.

Blog do Diógenes

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