Presidente do STF e do CNJ, Joaquim Barbosa notabilizou-se pela crítica a um flagelo comum no Judiciário e no Ministério Público: os puxandinhos de contracheque.
“Não cabe a cada Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó”, disse ele no mês passado, quando o CNJ autorizou oito tribunais de Justiça a pagar R$ 100 milhões em auxílio-moradia.
O repórter Rubens Valente informa que há na praça um Barbosa diferente. Meio sem sentir, viu pingar no banco R$ 414 mil. Verba proveniente do Ministério Público Federal.
Ex-procurador, o ministro recebeu-a à guisa de auxilio-moradia. Em 2007, Barbosa já havia apalpado R$ 166 mil referentes a licenças-prêmio que preferiu converter em moeda sonante.
O primeiro Barbosa, o inimigo dos privilégios, tornou-se um presidenciável involuntário de 15% dos brasileiros, segundo o Datafolha. Entre os paulistanos que fecharam a cara nas ruas, alcançou 30%.
O segundo Barbosa está mais para personagem de faixas e cartazes de passeatas. A assessoria do Supremo diz que o ministro não recebeu nada de ilegal.
Blog do Josias de Souza
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