segunda-feira, 29 de abril de 2013

Garibaldi diz o mesmo do mesmo para viabilizar PMDB

O conteúdo político mais importante da semana que passou, em termos de Rio Grande do Norte, foi entrevista veiculada com o senador-ministro Garibaldi Filho (PMDB) n’O Jornal de Hoje. Tratou de pontos delicados como sucessão estadual, aliança com o DEM da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e possibilidade de candidatura própria do PMDB ao governo ou apoio a outro nome.

Garibaldi leva relação com a "barriga"; Henrique vira solução para tudo no RN de hoje
Quando a gente enxuga tudo, faz a maior depuração possível e procura a última filtragem, descobre sem qualquer sobressalto que não há nenhuma novidade nas declarações de Garibaldi. É o mesmo do mesmo.
A entrevista não acrescenta nada ao que se chama de “governabilidade” e sucessão estadual. É praticamente a mesma essência do que Garibaldi falou há um mês, há dois meses, há três meses… zzzzzz!!
A política potiguar anda tão árida, que a gente é obrigado a fazer uma espécie de tradução do mesmo do mesmo, para tentar apresentar algo de novo.
Vamos tentar.

Sobre Rompimento
“Acho que vocês não perdem por esperar e não vão esperar tanto tempo, mas isso vai ser discutido (…). No dia 10 de maio vai haver uma reunião do PMDB para discutir o momento político, claro, o administrativo também, e esses problemas que discutimos antes, a atuação do governo, os prefeitos vão colocar isso. Pode sair uma definição daí (…). Para ser muito sincero, eu acredito que vamos ouvir muitas reclamações (,,,). Eu não sei é se isso tudo vai transbordar de tal maneira, ter desdobramentos tais (que ocasione o rompimento)”, disse ele.
Nota do Blog – O PMDB não vai romper em maio ou em junho. Pode até não romper. O que o partido faz, inteligentemente, é segurar o esquife do governo, ao mesmo tempo em que trabalha ações institucionais que fortaleçam Garibaldi, o próprio partido e o deputado federal Henrique Alves (PMDB). Vai levar esse lengalenga mais adiante até promover a extrema-unção do governo em 2014. Essa é a tendência, hoje.

Sobre candidatura própria
“Eu diria que o PMDB só tem um, se o PMDB tiver candidato próprio, que é o deputado Henrique. Eu não pretendo ser, não desejo, e Walter eu ainda acho que é cedo.”
Nota do Blog - Henrique trabalha ardilosamente o fortalecimento do seu nome para ser uma opção. Sua ascensão à presidência da Câmara Federal deu-lhe mais força e poder suplementar de articulação. Transformou-se numa panaceia, com direito a sonhar (novamente) com a cadeira que já pertenceu ao seu pai, Aluízio Alves. É pouco provável que o PMDB deixe de ter candidato próprio a governador. Henrique e Garibaldi, logicamente, são nomes preferenciais. Se Garibaldi afirma que não pretende ser, então pode desconfiar. Esse aí é manhoso. Cai da rede e fica brincando com a varanda, de tão bobo que é.

Sobre apoio ao nome de Robinson Faria
“Ele me disse que é candidato. Ele me disse que tem o apoio do grupo oposicionista do Governo do Estado, mas que ele deseja ter o apoio do PMDB e de outros partidos (…). Robinson é um bom candidato, mas não é o candidato do partido. Para o partido deixar de apoiar o governo, que ainda permanece na base aliada do Governo, a candidatura própria se impõe muito e ele sabe disso.”
Nota do Blog – É perto de chance “zero” o PMDB apoiar Robinson. Por que o apoiaria quando tem condições de apresentar candidatura própria e em condições de vitória? Robinson tenta se viabilizar em articulações para uma ampla aliança e no respaldo popular. São duas frentes de costura com consideráveis dificuldades, mesmo se levando em conta que o governo do qual ele fez parte é um fracasso de público e crítica.

Blog do Carlos Santos

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